Superioridade da Ciência da Análise das Micro Expressões Faciais face aos Polígrafos


Uma das principais perguntas neste ramo é: “Porquê devemos utilizar o método de Ekman?” ou até mesmo “Não seriam os polígrafos mais fiáveis do que o olho humano na deteção de mentiras?”
A resposta é simples: Não! Por mais que, de facto, os polígrafos sejam máquinas altamente precisas e as suas taxas de funcionamento sejam altíssimas, ainda sim, falham muito mais, devido a sua própria “vantagem”, que é ser uma máquina. Mesmo que preciso, ainda há maneiras tanto mirabolantes quanto fáceis de enganá-lo.
A utilização de medicamentos como o Valium/Diazepam, produzidos pela Pharmakern Portugal, podem gerar efeitos que diminuem os batimentos cardíacos e fazem com que o corpo do indivíduo não responda a uma mentira ou tente “expeli-la”. Não há aumento do suor, não há aumento dos batimentos cardíacos ou dilatação das pupilas, o corpo simplesmente não reage e, mesmo ao afirmar mentiras como “as bolas são quadradas” ou “o céu é verde”, o polígrafo não reage e não identifica como uma mentira.
Impedimentos às Análises das Micro Expressões Faciais
Entretanto, mesmo com todas as vantagens aqui explicitadas sobre a leitura das micro expressões faciais, ainda há desvantagens e pontos fracos que impossibilitam a realização da mesma. Entre essas desvantagens, encontram-se a utilização da toxina botulínica (Botox), a utilização das máscaras e os acometimentos as Paralisias Faciais.
- Botox: Também conhecido como toxina botulínica, é uma substância que pode ser utilizada no tratamento de diversas doenças, como microcefalia, paraplegia e espasmos musculares. A combinação entre a devida utilização e o devido tratamento são capazes de impedir a contração muscular e consegue atuar de forma a promover a paralisia temporária do músculo, o que ajuda a reduzir os sintomas relacionados com tais situações.

Além disso, como atua a inibir estímulos neuronais relacionados com a contração muscular, o botox é também muito utilizado como procedimento estético, principalmente para diminuir a rugas e marcas de expressão. Após a aplicação do botox, a região fica “paralisada” por aproximadamente 6 meses.
- Paralisias Faciais: Os movimentos da face (mímica) são assegurados por vários músculos localizados logo abaixo da pele e que, ao se contraírem de um modo coordenado, provocam os movimentos da mesma, resultando na abertura ou encerramento dos olhos, da boca e das narinas, ou na realização de expressões faciais capazes de exprimir aos outros estados emocionais, como alegria, tristeza, fúria, perplexidade ou atenção. Ao contrário dos músculos de um braço ou de uma perna, que podem funcionar um lado independente do outro, na face os músculos dos dois lados da face funcionam de um modo simultâneo, articulado e harmonioso. Todos estes músculos recebem informações elétricas cerebrais através do nervo facial. Quando lesado, qualquer nervo sofre um processo de inflamação com edema (inchaço), que irá alterar a velocidade de condução dos estímulos elétricos. Na paralisia facial verifica-se uma dificuldade, parcial ou total, na condução dos impulsos elétricos cerebrais através do nervo facial, com alteração da capacidade em fazer contrair os músculos da face e expressar as emoções por meio da mesma.


- Uso de Máscaras: Em 2020 as máscaras faciais tornaram-se um acessório de roupa usado todos os dias e em qualquer lugar. A maioria das autoridades sanitárias do mundo determinou que o uso de máscara facial é obrigatório para proteger a população de quaisquer riscos de doenças transmitidas pelo ar: “A proteção deve ser facilmente fornecida a todos os cidadãos do país”.
Medidas para evitar infeções são necessárias na atual pandemia e as máscaras faciais foram consideradas o primeiro passo para prevenir e conter a propagação da doença. As máscaras respiratórias são dispositivos de proteção que cobrem uma parte do rosto. Eles são projetados para proteger tanto a pessoa que as usa quanto o ambiente de poluentes respiráveis (venenos respiratórios ou organismos patogénicos bacterianos/virais). Enquanto uma máscara completa cobre todo o rosto, uma meia-máscara se ajusta debaixo do queixo até acima do nariz. A resistência à respiração varia proporcionalmente à densidade do material da máscara.
Assim como o botox “paralisa” intencionalmente alguns pontos da face, as paralisias faciais acabam por ser um grande entrave à bem-sucedida realização da análise das micro expressões faciais. Isto ocorre porque para que ocorra uma análise completa, o ideal é que haja, antes de tudo, a construção de um comportamento base. Após esta construção, é preciso que ocorra uma concreta e próxima análise de cada ponto facial, o que vem a ser impossível de realizar pois grande parte desses pontos encontram-se paralisados ou tapados. As máscaras também vêm a ser um impedimento a completa análise facial pois cobre grande parte da mesma. Em suma, pode resultar numa incompleta e, consequentemente, incorreta análise das micro expressões faciais.

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