Se há uma verdade, é que é preciso mentir para viver em sociedade. Podemos tanto mentir para nos livrarmos de culpa, para ter alguma vantagem, para poupar alguém de alguma de uma notícia dura ou garantir a própria sobrevivência. Isto é, inventamos histórias para sermos mais felizes, para alegrar ou não entristecer as outras pessoas. Para proteger alguém ou a nós mesmo. Para evitar consequências negativas de um erro e preservar a própria reputação, por medo, por amo, por vaidade ou por pena.

   Cabe então uma pergunta: “o que é a mentira?”. Etimologicamente, a palavra mentira vem do latim mentire que remete à palavra mens, que significa ‘mente’, inteligência, intenção. Indica um ato de alguém que tem ‘mente’, inteligência e intenção e modifica as informações para obter algum proveito ou se livrar de alguma situação incômoda. Por isso, só os seres humanos são capazes de mentir. Assim, é possível inferir que, na verdade, mentimos para controlar os nossos sentimentos, emoções e, diretamente e principalmente, as outras pessoas. Desta forma, caso queiramos ser pessoas menos influenciáveis e manipuláveis, precisamos estudar formas e modos detetar essas mentiras.

  Antes de mais, é preciso definirmos o que são as “Emoções”. Assim, podemos defini-las como um programa de ações sucessíveis que ocorrem dentro dos nossos corpos, porém, observáveis exteriormente. A vivência das emoções é pessoal, pois podem ser sentidas de formas diferentes por cada indivíduo. É a emoção que leva uma pessoa a reagir diante de um acontecimento. Como referido, com a emoção vivida, podem surgir reações físicas como alteração da respiração, choro, vermelhidão e tremores.

   Isto dito, pode-se inferir que o ser humano é capaz de vivenciar incontáveis emoções, devido ao facto de que os sentimentos que as mesmas proporcionam em cada pessoa são muito específicos. Uma das teses e teorias mais conhecidas é do psicólogo Paul Ekman. Este afirma que são seis as emoções básicas: alegria, tristeza, medo, surpresa, repulsa e raiva.